Dados de um estudo feito pelo Grupo de Ação do Transporte Aéreo (ATAG - Air Transport Action Group) apontam que 35% do valor total do comércio global é movimentado via aérea, mas em termos de volume transportado isto só representa  5% do total, o que demonstra o elevado valor agregado de grande parte dos produtos transportados como carga aérea.

Por conta disso, o setor brasileiro de carga aérea tem discutido os problemas da infraestrutura logística, bem como aspectos relacionados a segurança e operação. Por exemplo, o novo equipamento de inspeção por raios X do Terminal de Carga do Aeroporto de Fortaleza/CE é considerado o atendimento a uma demanda antiga. O setor vem trabalhando para atender às inúmeras regulamentações nacionais e internacionais, estabelecidas para elevar o nível de segurança do transporte de carga aérea.

Parte de um programa global da IATA em implantação nos grandes aeroportos do mundo, o sistema e-AWB (Electronic Air Will Bill) - Conhecimento Eletrônico de Carga Aérea, promete dar mais agilidade ao processo, uma vez que a troca eletrônica de dados entre os elos da cadeia logística desobriga a tramitação de cópias físicas do AWB, desburocratizando o gerenciamento dessas informações. A estimativa é que a disseminação do uso do e-AWB em todo o mundo venha eliminar mais de 7.800 toneladas de documentos impressos por ano, o equivalente a 80 aviões Boeing 747 cargueiros carregados de papel.

Com o projeto piloto para implantação do e-AWB no setor de exportação do terminal de cargas de Guarulhos, foi dado um importante passo para desburocratizar o transporte de carga aérea no Brasil.

Para que isto signifique efetiva desburocratização é necessário que os órgãos de fiscalização acatem o documento eletrônico e não exijam a apresentação do documento impresso, o que vem sendo rotina no transporte rodoviário brasileiro com relação ao CTe (Conhecimento de Transporte Eletrônico).

Fonte:

http://aeromagazine.uol.com.br/artigo/cargas-aereas-no-brasil_1821.html#ixzz4uqXn86Mt