Bons ventos soprando no porto de Itapoá

O porto de Itapoá está localizado no norte catarinense nas proximidades de Joinville, tendo iniciado as suas operações em junho de 2011, com gestão privada desde a sua criação. Após estes 6 anos já é considerado como um dos portos mais eficientes do país na movimentação de cargas conteinerizadas.

 

Em 2017 sua movimentação superou 590 mil TEU (unidade equivalente de 20 pés), levando Itapoá à condição de quinto terminal brasileiro na movimentação de contêineres. A movimentação crescente vem sendo impulsionada pelo vigor da economia do norte catarinense, notadamente no eixo Joinville-Jaraguá do Sul que, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC, responde por 30% da economia estadual.

 

Por esta razão, vem sendo elaborado um projeto de expansão que possibilitará ao porto movimentar de 2 milhões de TEU anualmente. A sua diretoria divulgou que o investimento previsto para este projeto monta em R$ 500 milhões, com prazo de conclusão de até cinco anos. A área física do Porto passará dos atuais 250 mil m² para 450 mil m². O cais, que em janeiro de 2019 já está com 800 metros de comprimento, após a conclusão da obra passará a ter 1,2 mil metros.

 

No dia 27/05/2017 atracou em Itapoá o navio Hyundai Loyalty, o maior navio porta-contêineres a operar em portos brasileiros. Com 340 metros de comprimento e 46 metros de largura, a embarcação do armador sul-coreano Hyundai Merchant Marine (HMM), possui capacidade para transportar 8,6 mil TEU. No Brasil, são poucos os terminais especializados em contêineres capazes de operar este navio, seja pelos equipamentos disponíveis ou pelas condições físicas da infraestrutura aquaviária.

 

Por outro lado, em 11/05/2017 entrou em operação o navio OOCL HONG KONG, com capacidade para 21.413 TEU. Uma vez que a tendência é dos navios continuarem a crescer de tamanho, podemos supor que este será rapidamente suplantado por outro de maior capacidade.

 

Se, como todos esperamos, a economia brasileira decolar em 2019, faltarão no país portos com capacidade para receber estes grandes navios, o que poderá retirar o Brasil do mapa marítimo internacional dos fluxos de cargas industrializadas.

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